Reportagem do Diario de Pernambuco
Recife, segunda-feira, 1º de agosto de 2011
Neste mês, serão pagos a primeira parcela do décimo terceiro salário e a correção do teto do benefício
Vem aí a primeira parcela do décimo terceiro salário dos aposentados e pensionistas. Além da bonificação natalina, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) vai pagar a correção do teto para quem teve o benefício concedido entre abril de 1991 e dezembro de 2003 e ganhava até dez salários mínimos. Um reforço no orçamento dos segurados da Previdência entre os cinco últimos dias de agosto e os cinco primeiros dias de setembro. Uma bolada de dinheiro que deve ser bem administrada pelos idosos para não entrar pelo ralo. Nada de sair presenteando os netos, trocar de carro ou pegar a estrada sem lenço e sem documento. Cautela é a palavra-chave para usufruir da grana extra.
O contracheque recheado é uma tentação. Muitos podem achar que estão ricos e começar a gastar por conta. Nessa hora entra o time de especialistas em finanças pessoais para orientar como deve ser usado o dinheiro de forma racional. O economista Alexandre Daniani, da Confirp Consultoria Contábil, diz que a primeira dica é guardar o dinheiro na caderneta de poupança nos primeiros trinta dias. Tempo necessário para levantar as dívidas e saber se está gastando mais do que ganha. “Faça um diagnóstico da sua situação financeira antes de decidir o que vai fazer com o dinheiro extra”, indica.
Se o aposentado estiver pendurado no cartão de crédito, cheque especial ou preso ao banco no empréstimo consignado é recomendável usar uma parte da bonificação para se livrar das dívidas. O consultor financeiro Roberto Ferreira orienta que seja priorizado o pagamento das dívidas com juros mais altos. Pela ordem vem o cartão crédito, cujo juro é superior à 12% ao mês, e depois o cheque especial. Se for possível, Ferreira recomenda que sejam antecipadas as parcelas do consignado, porque é uma forma de liberar a renda mensal do pagamento em folha. Desde que seja negociado um bom desconto com o banco.
Depois de sanear as contas é hora de decidir o investimento que pode ser feito com o dinheirinho que sobra. Tudo vai depender do valor que o aposentado e pensionista vai receber do INSS, do tempo da aplicação, e claro, do perfil do investidor. A pedido do Diario, Alexandre Daniani fez uma simulação para quem vai aplicar R$ 1.000. Para saber quanto vai render o dinheiro é só consultar o quadro. “A opção pela aplicação está atrelada ao que você vai fazer com o dinheiro. Se preferir ter uma renda no futuro é interessante reforçar a previdência privada”. Quem quer usar o dinheiro em curto tempo deve deixar na poupança.
Mas a tentação de gastar é grande. Consumir é bom, mas com cautela. “Procure comprar à vista e com bons descontos. Evite as parcelas com valores altos porque vai pesar no seu orçamento”, indica Roberto Ferreira. Já o professor Marcelo Barros diz que antes de consumir é preciso fazer três perguntas: Eu preciso realmente daquele produto? Será que posso esperar para comprar num período de liquidação com preço mais baixo? O produto é importante? “Se tiver que comprar faça antes uma pesquisa de preços e busque um desconto no mínimo de 10% para pagamento à vista”.
Sinal vermelho para quem pensa em investir em imóveis. Os especialistas convergem para o mesmo ponto: os imóveis estão com os preços supervalorizados no momento e pode não ser um bom negócio. “O mercado está sem parâmetros. Um imóvel que custava R$ 100 mil há dois anos está por mais de R$ 200 mil, o que é irreal”, diz Barros. “Pode ser um bom investimento daqui a cinco anos se for usado como renda adicional no futuro”, emenda Daniani. Outro detalhe: trocar de carro nem pensar porque é custo e não investimento.
Imagem Silvino/DP
O contracheque recheado é uma tentação. Muitos podem achar que estão ricos e começar a gastar por conta. Nessa hora entra o time de especialistas em finanças pessoais para orientar como deve ser usado o dinheiro de forma racional. O economista Alexandre Daniani, da Confirp Consultoria Contábil, diz que a primeira dica é guardar o dinheiro na caderneta de poupança nos primeiros trinta dias. Tempo necessário para levantar as dívidas e saber se está gastando mais do que ganha. “Faça um diagnóstico da sua situação financeira antes de decidir o que vai fazer com o dinheiro extra”, indica.
Se o aposentado estiver pendurado no cartão de crédito, cheque especial ou preso ao banco no empréstimo consignado é recomendável usar uma parte da bonificação para se livrar das dívidas. O consultor financeiro Roberto Ferreira orienta que seja priorizado o pagamento das dívidas com juros mais altos. Pela ordem vem o cartão crédito, cujo juro é superior à 12% ao mês, e depois o cheque especial. Se for possível, Ferreira recomenda que sejam antecipadas as parcelas do consignado, porque é uma forma de liberar a renda mensal do pagamento em folha. Desde que seja negociado um bom desconto com o banco.
Depois de sanear as contas é hora de decidir o investimento que pode ser feito com o dinheirinho que sobra. Tudo vai depender do valor que o aposentado e pensionista vai receber do INSS, do tempo da aplicação, e claro, do perfil do investidor. A pedido do Diario, Alexandre Daniani fez uma simulação para quem vai aplicar R$ 1.000. Para saber quanto vai render o dinheiro é só consultar o quadro. “A opção pela aplicação está atrelada ao que você vai fazer com o dinheiro. Se preferir ter uma renda no futuro é interessante reforçar a previdência privada”. Quem quer usar o dinheiro em curto tempo deve deixar na poupança.
Mas a tentação de gastar é grande. Consumir é bom, mas com cautela. “Procure comprar à vista e com bons descontos. Evite as parcelas com valores altos porque vai pesar no seu orçamento”, indica Roberto Ferreira. Já o professor Marcelo Barros diz que antes de consumir é preciso fazer três perguntas: Eu preciso realmente daquele produto? Será que posso esperar para comprar num período de liquidação com preço mais baixo? O produto é importante? “Se tiver que comprar faça antes uma pesquisa de preços e busque um desconto no mínimo de 10% para pagamento à vista”.
Sinal vermelho para quem pensa em investir em imóveis. Os especialistas convergem para o mesmo ponto: os imóveis estão com os preços supervalorizados no momento e pode não ser um bom negócio. “O mercado está sem parâmetros. Um imóvel que custava R$ 100 mil há dois anos está por mais de R$ 200 mil, o que é irreal”, diz Barros. “Pode ser um bom investimento daqui a cinco anos se for usado como renda adicional no futuro”, emenda Daniani. Outro detalhe: trocar de carro nem pensar porque é custo e não investimento.
Imagem Silvino/DP
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