quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Aposentados e pensionistas querem fim do veto de benefício

     Fonte Correio da Bahia

  Depois que a presidente Dilma Rousseff vetou o dispositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012 que garantia recursos para o aumento superior à inflação do benefício dos aposentados e pensionistas, a categoria pretende mobilizar o Congresso para que votem a favor do reajuste real para quem ganha acima do mínimo (R$ 545), no ano que vem.

O objetivo é conseguir um aumento equiparado ao do mínimo, que tem como base para o cálculo o percentual do Produto Interno Bruto (PIB), mais a inflação do ano anterior. De acordo com representantes da categoria, o índice deve ser fixado em torno de 14%.

Para mobilizar o Congresso, os aposentados prometem fazer uma série de manifestações. A pauta será discutida ainda em um encontro marcado para o dia 1º de setembro, em Brasília. Hoje, o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Path, participa de um evento com a presidente Dilma e promete cobrar um novo posicionamento sobre o assunto. Para ele, Dilma errou duplamente ao vetar o reajuste real aos aposentados.

“Primeiro pela desconsideração e segundo por não levar em conta a importância dos aposentados diante da sustentabilidade econômica”, comentou. “Quando se tem uma possibilidade de ter um reajuste para um salário mais digno, ela [Dilma Rousseff] veta”, completou.

Autor da emenda que previa a destinação de verbas para corrigir aposentadorias com aumento real, o senador Paulo Paim (PT-RS) também criticou a postura da presidente. “Ela desrespeitou um acordo que havia sido firmado pelo governo e oposição. Faltou sensibilidade à presidente e foi um grave erro político”, se queixou. Para ele, a justificativa de falta de recursos não condiz com a realidade. “E também não se pode dizer que foi falta de tempo para discutir o assunto, porque constantemente nos reunimos com representantes da categoria para analisar essa questão”, disse.

Aposentada há 10 anos, Rosane dos Anjos também se mostrou indignada. “Foi péssimo. É um terror para a gente que já gasta muito com alimentação, medicamentos e despesas de casa”, comentou.  “Acho um crime contra nós que trabalhamos muito por vários anos e chega no final da vida não podemos ter uma condição digna para sobreviver”.

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