quinta-feira, 30 de junho de 2011

O eterno professor

Aposentado do STF, o gaúcho Eros Roberto Grau, afirmam pessoas próximas, ficou mais falante ao deixar a Suprema Corte. Nessa entrevista ela não foge à regra e até polemiza
Fonte Jornal O Povo Online

 (IGOR DE MELO)
(IGOR DE MELO)

Luiz Henrique Campos


Aposentado compulsoriamente aos 70 anos como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em agosto de 2010, o gaúcho de Santa Maria, Eros Roberto Grau, costuma dizer que a academia é para ele o que o mar é para o peixe. Ao mesmo tempo, considera a magistratura a água doce. “É muito agradável, mas as minhas águas são as salgadas”, afirmou certa vez. Durante seis anos como membro da mais alta corte do País, porém, o convívio do professor, como gosta de ser tratado, com a água doce, não foi dos mais calmos. Nomeado pelo presidente Lula em 2004, Eros Grau vivenciou na Suprema Corte momentos turbulentos enfrentados pelo STF, o que levou a instituição a se expor e receber fortes críticas da opinião pública.

Para Eros Grau, todavia, se as críticas devem ser vistas como normal na democracia, a exposição da casa proporcionada pelo televisionamento das sessões, merece reparos. “Aquilo não é um show”, afirma, destacando que o juiz quando se manifesta, fala em nome do Estado. “A televisão nos banaliza, terrivelmente”. Para ele, “o tribunal e seus juízes não estão lá para atender a quaisquer pressões. Apenas os fracos cedem a elas”. Foi nessa condição que o professor teve que se manifestar, por exemplo, em questões polêmicas, como a arguição de descumprimento de preceito fundamental impetrada pela OAB, a fim de revogar a lei nº 6.683/79, que anistia todos os crimes políticos e eleitorais do período militar.

Como relator, apesar de ter sido vítima da tortura durante a ditadura, Eros Grau votou pela manutenção da concessão de anistia ampla e geral, entendendo que a lei não implicava ofensa a quaisquer preceitos fundamentais. Mas não foi apenas em relação a posicionamentos como magistrado, que o professor se banhou nas águas turvas no STF. Em alguns momentos ele chegou a se indispor com membros da corte, ao ponto de ser chamado de “burro” e “velhaco” pelo ministro Joaquim Barbosa, por ter libertado Humberto Braz, braço direito do banqueiro Daniel Dantas.

Quase um ano após sua aposentadoria, Eros Grau agora se dedica a palestras pelo País, como a que proferiu no dia 17 de maio na Faculdade de Direito do Ceará. A visita a Fortaleza, à época, suscitou a possibilidade de uma entrevista mais longa sobre outras facetas, como a de escritor. A agenda do ex-ministro, no entanto, não permitiu que a conversa fosse concluída naquele dia. A rápida introdução de algumas questões, porém, abriu a possibilidade da complementação por e-mail, com a condição de que não se falasse muito sobre política e o STF. Do primeiro contato até a conclusão da entrevista, o intervalo de um mês, já que nesse meio tempo Grau viajou ao interior da França, sem acesso sequer à internet, segundo a secretária do ex-ministro.

O POVO - Está com mais tempo para escrever ministro?
Eros - Estou, sobretudo porque não sou mais ministro. Sou aposentado como ministro e aposentado como professor. Sou professor titular aposentado da USP. E para mim é muito mais importante ser chamado de professor do que de ministro. Porque fui nomeado ministro após a indicação do Presidente da República e o exame do Senado. Mas o título de Professor Titular do Largo do São Francisco eu conquistei. Fiz concursos. Vários concursos. Fiz doutorado. Escrevi uma tese de doutorado, fui livre docente, professor adjunto, tudo por concurso e teses. Então não me chame mais de ministro, porque eu não sou, fui, estive ministro um determinado momento. Professor não. Professor eu serei sempre.
OP - Mas agora eu posso chamar também de escritor?
Eros - Pode me chamar de professor. Isso me causa honra e orgulho. E eu tenho também honra e orgulho de ter sido ministro. Mas isso passou, agora não significa absolutamente nada.
OP - Então, acertamos como professor. Aliás, o senhor foi professor aqui da UFC, não é isso?
Eros - É, eu não cheguei a morar aqui em Fortaleza. Mas eu vinha uma semana por mês e dava aula no mestrado. Fui professor aqui de muita gente conhecida. César Asfor, Napoleão Nunes Maia, Magnólia, Lima Guerra, fiz uma porção de amigos aqui.
OP - Os ministros Asfor e Napoleão eram bons alunos?
Eros - Eram, eram (risos), eram bons alunos. Havia outros muito bons, cujos nomes eu não lembro agora. Havia a Dóia, a Cláudia, sobrinha do Fran Martins, meu amigo. Havia o, Alberto, que é juiz federal no Tribunal Regional Federal. A memória às vezes me escapa um pouco, mas foi um tempo muito bom, fiz grandes amizades aqui. Meus dois grandes amigos de hoje aqui são Lúcio e Wagner Barreira, dois amigos que fiz à época.
OP - Governador Lúcio?
Eros - Governador Lúcio, sim. Lúcio é muito meu amigo, pessoa a quem eu quero muito bem e por quem tenho grande admiração intelectual.
OP - Professor, eu queria que o senhor falasse sobre a sua atuação política nos anos 60. O senhor foi do PCB, não é isso?
Eros - Naquela época, quem tivesse consciência e participasse da classe mais intelectualizada tinha compromissos com a realidade e eu vivi intensamente aquela época. Fiz o que eu tinha que fazer. Eu nunca fui adepto da guerrilha, da subversão, como se dizia, no sentido de luta armada. Eu adotava, vamos dizer assim, uma linha mais ortodoxa, a do Partidão. Mas eu paguei um preço bastante caro e não quero falar dessas coisas porque já passaram. 
OP - O senhor chegou a ser torturado?
Eros - Não me faça essa pergunta. Cheguei a ser preso. Tire suas conclusões. Fui preso no DOI-CODI.
OP - O senhor chegou a atuar ao lado de que alguém que está a frente do Governo Federal hoje?
Eros - Não, não. Tive contatos, eventualmente. Mas não no que você chama de Governo. Se for o Poder Executivo, certamente não tive. Mas no Poder Legislativo há gente muito próxima a mim. Gente que foi e continua muito próxima a mim.
OP - O senhor disse que fez o que tinha de ser feito. Em que essa experiência lhe influenciou na sua trajetória como acadêmico, jurista, escritor?
Eros - A gente não pode ser partido em pedaços, como advogado, como professor, como escritor. Somos um todo em cada individualidade. Eu aprendi muito, vi muita coragem, ajudei fraternalmente a quem bateu à minha porta. Escondi gente. Mas já foi, passou. Agora estamos vivendo um outro momento, cada dia é um novo momento dessa totalidade que a gente é.

OP - Mas o seu perfil é de uma pessoa ligada a área dos direitos humanos, isso teria relação com as dificuldades pelas quais o senhor passou naquela época?
Eros - Eu acho que ninguém se forma culturalmente em virtude de qualquer dificuldade circunstancial. A postura que cada um adota no correr de sua vida é uma construção que envolve um monte de experiências. Também o que ele leu, o que ele absorveu, o que ele deixou de ler também, suas carências. Esse discurso de direitos humanos é, para mim, complicado. Porque, para mim, todo direito é humano. Eu desconfio muito do discurso sobre direitos humanos porque é um discurso dispersivo, que tira o foco do problema fundamental, o problema da oposição de interesses entre classes sociais. Então, eu aconselho a quem começa a falar muito em direitos humanos ler um pouco a respeito da concepção individualista do homem. Há um velho alemão que escreveu um livro chamado “A questão judaica”. Eu recomendo esse livro sempre a quem se entusiasma demasiadamente com o tema direitos humanos. Por que direitos humanos não podem ser o direito do homem egoísta, tem de ser concebido como expressão do todo social. 

OP - Que prejuízos a sociedade sofre em vista disso?
Eros - A sociedade vive cada momento do processo histórico, o seu momento. Uma das coisas que o tempo me ensinou é que não se faz a revolução à força. A revolução é produto do desenvolvimento histórico. E o que acontece é que determinados discursos que são estimulados por quem domina e tem poder de simular acabam retardando o que vai acontecer. Mas o que vai acontecer historicamente terá que acontecer.
OP - Nós enfrentamos atualmente, professor, a discussão de muitas temáticas tabus, principalmente relacionadas às minorias. O que o senhor acha desse debate, eles também fogem um pouco da realidade?
Eros –São discursos fomentados, no meu modo de ver, para ocultar a realidade. Porque as minorias são as grandes maiorias, não é mesmo? Para mim, as minorias são o homem que tem que trabalhar para ganhar o seu sustento e não recebe o que deveria receber. Essas é que são as minorias. As minorias são as grandes maiorias. Eu vejo o problema nessa perspectiva. Eu tenho muito medo de todos os discursos que lembram o velho comunismo. Não é mesmo (risos)?
OP - Então o senhor não se considera um velho comunista?
Eros - Eu me considero um produto das leituras que fiz... Mas você agora já está falando de política....
OP - Estamos falando de vida, professor. Nesse sentido, como foi sua passagem pelo STF. Dizem que o senhor, por se considerar um professor, sua passagem pela casa o deixou como um peixe fora d´água. O senhor poderia comentar?
Eros - Não. Jamais pretendi desempenhar o papel de professor no tribunal. Fiz o que cabia ao meu ofício. Professor na Faculdade, em palestras; juiz no tribunal. Nunca senti necessidade de me afirmar, no tribunal, senão como juiz. Lá me vali do que aprendi na vida, mas sem pretender ensinar ninguém. Cabia-me decidir, apenas. 
OP - Naquele dia no hall do hotel lhe perguntei antes da entrevista se as transmissões pela TV das sessões do STF chegaram a alterar a rotina dos julgamentos. E até brinquei: haveria muitos artistas naquela corte?
Eros - É isso mesmo. As transmissões de sessões de julgamento pela televisão apenas acabarão quando um louco der um tiro em um ministro cujo voto prejudicou-o. A televisão nos banaliza, terivelmente. 
OP - Professor, como ministro do STF, o senhor foi o relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental impetrada pela OAB a fim de revogar a lei nº 6.683/79, que anistia todos os crimes políticos e eleitorais do período militar. Apesar de sido vítima da tortura durante a ditadura, o senhor votou pela concessão de anistia ampla e geral, entendendo que a lei não implicava ofensa a quaisquer preceitos fundamentais. O senhor poderia comentar.
Eros - Votei conforme a minha convicção, serenamente. Cumpri meu ofício segundo o que determina a Constituição, sem paixão. 

OP - Professor, o STF durante sua passagem por lá, vivenciou diversas polêmicas, tanto no que diz respeito a decisões quanto a exposição de alguns de seus membros. A que se deve isso, professor? Para alguns a Corte estaria distante das demandas da sociedade. O senhor considera 
essa hipótese?
Eros - O tribunal e seus juízes não estão lá para atender a quaisquer pressões. Apenas os fracos cedem a elas. 
OP - Professor, gostaria de encerrar perguntando se o senhor tem pretensão de entrar na Academia Brasileira de Letras e o que achou da polêmica em torno do seu livro Triângulo no Ponto. O senhor o admite como erótico?
Eros - Não posso negar esse desejo. Um dia, talvez... Meu romance foi prejudicado, em termos de crítica, pela circunstância do cargo que eu ocupava quando foi publicado. Se meu nome fosse Hermes, seria tido como “hermético”. Alguém o chamou de “erótico”, por conta do meu nome, e ganhou essa fama. Mesmo quem não o leu o qualificou como “erótico”. Um jornalista conhecido criticou, em sua coluna em uma revista semanal, meu livro de poesias eróticas. Não o leu. Nem ao menos sabia que é um romance, não um livro de poesias...

Greve contra reformas em aposentadorias britânicas tem adesão de 750 mil

Um total de até 750 mil funcionários do serviço público britânico aderiu a uma greve de 24 horas nesta quinta-feira contra projetos do governo de reformar o sistema de aposentadorias do país, segundo sindicatos britânicos.
Fonte BBC Brasil
     Milhares estão participando de uma manifestação em Londres e outros protestos ocorrem em cidades britânicas. Mais de 40% das escolas públicas da Inglaterra e País de Gales foram fechadas ou estão funcionando parcialmente, pois os professores membros de três sindicatos aderiram à paralisação.
A central sindical Servidores Públicos e de Serviços Comerciais (PCS, na sigla em inglês) e três dos principais sindicatos de professores do país afirmam que a proposta governamental obrigará funcionários a se aposentar mais tarde, a contribuir com quantias maiores para a previdência, e, ainda assim, receber uma aposentadoria menor.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, condenou a greve classificando o movimento de irresponsável e afirmou que as mudanças anunciadas pelo govenro são ''justas com o contribuinte e com o setor público''.
Cameron argumenta que um aumento na expectativa de vida bem como um déficit público de 10% tornam essenciais as reformas no setor previdenciário.
O impacto da paralisação já começou a ser sentido na quarta-feira em portos e aeroportos, quando alguns funcionários da Agência de Fronteiras britânica começaram a greve por volta das 18h (horário local).
Passageiros que chegaram à Grã-Bretanha receberam o aviso de que poderiam ocorrer atrasos. No entanto, a maior parte dos portos e aeroportos britânicos não registrou problemas nesta quinta-feira.
E aqueles que estão de partida da Grã-Bretanha não foram afetados, uma vez que passageiros que saem do país lidam apenas com agentes de segurança - que não interromperão suas atividades -, mas não com funcionários do serviço de imigração.
Adesão
O governo enfatizou que a grande maioria dos tribunais, centros de emprego, e serviços de assistência telefônica nos setores de impostos e imigração deverão funcionar normalmente.
''As pessoas vão se perguntar por que professores e alguns servidores públicos estão aderindo à greve enquanto ainda estão sendo realizadas discussões sobre como manter os serviços públicos entre os melhores disponíveis'', disse, em entrevista à BBC, o ministro da Economia britânico, Francis Maude.
''Mas as pessoas estão vivendo por mais tempo. É perfeitamente aceitável que se espere trabalhar por um pouco mais de tempo antes de podermos recorrer às aposentadorias, que ainda estarão entre as melhores, e pedir que se pague um pouco mais porque outros contribuintes que estão pagando o complemento tiveram impactos em suas próprias pensões.''
O diretor-geral da Câmara Britânica de Comércio, David Frost, diz que o plano de reformar o sistema de aposentadorias é ''essencial'' e pode impulsionar o setor comercial da Grã-Bretanha.
''O setor público precisa despertar para a dura realidade de conceder aposentadorias em um mundo que passa por rápidas transformações, e o setor público precisa fazer o mesmo. Se a Grã-Bretanha for vista como um país onde há muitas greves do serviço público, poderá perder a confiança dos investidores, e o país passar a ter dificuldade de atrair novas empresas'', afirmou Frost.
Mark Serwotka, secretário-geral do PCS, afirmou que não houve outro caminho se não o da greve, já que o governo não está preparado para ''ceder em qualquer um dos temas centrais que levaram à greve''.
Kevin Courtney, vice-secretário-geral do sindicato nacional de professores (NUT, na sigla em inglês), disse reconhecer que a paralisação afeta professores e alunos: ''Esperávamos alcançar acordos antes da greve, mas o governo não está levando a sério a realização de negociações''.

Aposentados e pensionistas devem receber décimo terceiro a partir de agosto

     O pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário de aposentados e pensionistas será antecipado para agosto, segundo informou o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho.
"Não haverá problema na antecipação do pagamento do décimo terceiro salário para agosto", afirmou o ministro nesta terça-feira (28), segundo a Agência Brasil.  
Com o adiantamento, deverão ser injetados na economia brasileira cerca de R$ 10 bilhões.
 
Mais antecipações
 
O governo discute a possibilidade de adiantar o décimo terceiro em um mês a cada ano. Ou seja, em 2012, o pagamento deverá ser feito em julho e, em 2013, em junho. 
"Acho que vai ser possível acelerar para junho [em 2013]. Ainda falta uma reunião com o ministro Mantega, da Fazenda. Acredito que não haverá problema", concluiu Garibaldi.

Garibaldi quer fim do fator previdenciário que "lesa" aposentado

O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, acredita que uma mudança nos critérios para concessão do benefício da Previdência é essencial para estabilização das contas da instituição. O pemedebista admite que o fator previdenciário faz com que as pessoas se sintam “lesadas” no seu direito de receber o benefício integral, para o qual contribuíram. E considera que a proposta de aumentar a idade mínima para a concessão do benefício não tem “viabilidade política”. Garibaldi acredita que qualquer mudança só será possível com a recuperação da credibilidade da Previdência.

A seguir, os principais trechos da entrevista concedida pelo ministro ao programa Brasília ao Vivo, da TV Record.
R7 – Elevar a 65 anos a idade mínima para a aposentadoria é uma idéia que tem viabilidade política? 
Garibaldi Alves– No momento, não. 
R7 – O senhor admite que não? 
Garibaldi Alves – Eu admito que não. Isso está sendo discutido, nesse primeiro momento, por determinação da própria presidenta Dilma Rousseff. Está sendo debatido com as centrais sindicais e com as confederações dos aposentados. 

O que nós queremos oferecer ao previdenciário é o que eu acredito que seja o sonho de qualquer um aposentado, de qualquer um que vá se ver diante da sua aposentadoria, é a eliminação do fator previdenciário. Esse mecanismo reduz a sua aposentadoria na medida em que você se aposenta mais cedo, uma redução que às vezes chega a 40% [do que se deveria receber]. Ora, nós precisamos encontrar uma maneira mais transparente, mais clara de fazer com que as pessoas se aposentem e não se sintam assim tão lesadas como se sentem hoje por esse fator previdenciário. 
R7 – Então, o aumento da idade mínima não é um mecanismo com o qual se possa contar? 
Garibaldi Alves – Não. O mecanismo está sendo discutido. Se eu disser a você que isso está consolidado, eu não estaria dizendo a verdade. 
R7 – Há uma rejeição grande, não é? 
Garibaldi Alves – Há, há rejeição, há resistência, justamente porque enquanto a Previdência não se credenciar, não se mostrar robusta, as pessoas não vão acreditar nela. O que eu lhe digo é o seguinte: a [mudança da] idade mínima é muito temida porque, na verdade, as pessoas acham que se a aposentadoria é baixa, um grande número de pessoas - e nós não podemos tapar o sol com a peneira - se aposenta mais cedo, e aí continua a trabalhar, porque a aposentadoria não lhes dá segurança de vida. E você dizendo que vai realmente elevar idade mínima, as pessoas vão dizer: “olha, se eu continuar com isso que eu recebo, vou trabalhar até quando e como?”. 
R7 – A recuperação da credibilidade da Previdência depende da recuperação de suas contas? 
Garibaldi Alves - Se você me pergunta como essa aposentadoria poderá melhorar, [eu diria que] poderá melhorar na medida em que nós tivermos um maior número de pessoas incluídas na Previdência, gerando assim uma maior receita previdenciária. 

A Previdência tem isenções fiscais que são dadas a determinadas entidades que concorrem na contabilização da Previdência para um déficit de 43 bilhões de reais. Se arrumarmos melhor essas contas, quem sabe se nós não poderemos oferecer melhores condições aos aposentados? É isso o que eu estou procurando fazer. 

(da RecordNews)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Paim defende política salarial para aposentados que ganham acima do mínimo

[senador Paulo Paim (PT-RS)]
 Extraído do Portal do Senado Federal dia 22 de junho

- Se isso não acontecer, em janeiro, o salário mínimo deve ganhar em torno de 14% e o aposentado não vai receber nem a metade.
O senador informou que já estão previstos no relatório final da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2012 os recursos para o reajuste dos aposentados. O relatório, que recebeu mais de três mil emendas, deve ser votado na próxima semana pela Comissão mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.
Ainda na reunião com o ministro, segundo Paim, foi assegurada aos aposentados a antecipação do décimo terceiro salário. Em 2011, o valor deve ser pago em agosto, mas, a partir de 2013 será pago em junho. Em 2012, o pagamento deve ser feito em julho. O senador informou ainda que estão avançando as negociações para o fim do fator previdenciário.
- Eu falava com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, e ele disse que é da vontade dele, dialogando com os líderes, que a gente aprove, ainda neste anos, uma alternativa ao fator previdenciário e também à redução da jornada, ambos projeto que aprovamos aqui no Senado - relatou.
Da Redação / Agência Senado

Reversão de Aposentadorias

Em um país que envelhece e com tantos problemas previdenciários, o termo “desaposentação” pode, com o passar do tempo, tornar-se comum. Todos nós conhecemos alguém que já se aposentou, mas que gostaria de voltar à ativa. Muitas vezes isso não é tão simples como parece. Nesta edição do Palavra Aberta, o deputado Cleber Verde (PRB-MA) fala de seu projeto para ajudar os aposentados a voltarem à ativa.

Fator previdenciário

Extráido do programa Voz do Brasil

LOC- Arnaldo Faria de Sá, do PTB de São Paulo, voltou a cobrar da Câmara dos Deputados celeridade na aprovação do projeto que trata do fim do fator previdenciário no cálculo das aposentadorias.
LOC- Arnaldo Faria de Sá comunicou ainda que esteve reunido, nesse final de semana, no Fórum das Entidades Públicas de São Paulo para tratar da PEC 555, que acaba com a cobrança de contribuição previdenciária para servidores aposentados...

Professora que fez sucesso na internet vem ao Recife

Da TV Jornal
A professora do estado do Rio Grande do Norte, Amanda Gurgel, esteve ontem (28) no Recife para participar de uma palestra com professores do Estado. Amanda, que ficou conhecida depois de aparecer em um vídeo na internet criticando o sistema de educação do Brasil, falou sobre a situação e também debateu problemas que os professores da rede enfrentam. Confira na reportagem da TV Jornal:

''O Brasil deve ser o único país que paga pensões ao deus-dará'', diz ministro da Previdência

extraído do blog do jamildo
Foto: Wilson Pedrosa/ AE
Edna Simão e Rui Nogueira, do Estadão

Indicado pelo PMDB, Garibaldi Alves Filho (RN) não pensou duas vezes em deixar o Senado para comandar o Ministério da Previdência Social. Aos 64 anos, terá de administrar um "abacaxi", como ele mesmo disse na posse - o rombo de cerca de R$ 100 bilhões nas contas da previdência social -, sem promover reformas impopulares, e lidando com projetos-bomba do senador Paulo Paim (PT-RS) no Congresso.

Em entrevista ao Estado, Garibaldi confirma que a Previdência passará só por pequenos ajustes. Para já, a mudança em debate está restrita à aprovação de projeto de lei criando um fundo de previdência complementar para o funcionalismo público. Não há nada em estudo para fazer alterações na Previdência do trabalhador da iniciativa privada (INSS). O ministro admite, porém, que há pontos que precisam ser atacados: "O Brasil deve ser o único país que paga pensões ao deus-dará".

O ministro defendeu a substituição do fator previdenciário, que chamou de "Geni da Previdência", por outro mecanismo mais transparente. A seguir, trechos da entrevista: 

Quando o sr. tomou posse foi criticado por servidores ao dizer que estava pegando um "abacaxi". Em três meses, quantos deles descascou? 
Tive que ser realista e os servidores sabem muito bem que tenho o maior apreço pela Previdência Social e por eles. O que eu digo é que o abacaxi realmente existe. Mas não é que eu estou gostando!

A presidente Dilma já deixou claro que não haverá uma reforma previdenciária ampla, mas admite ajustes pontuais. Qual o ponto chave?
Existe um projeto na Câmara que trata do fundo de previdência complementar para o servidor público. Há uma grave distorção (entre a previdência do servidor público e a da iniciativa privada) e o País perdeu a capacidade, às vezes, de se indignar. Os servidores não chegam a um milhão de pessoas e a necessidade de financiamento é de R$ 52 bilhões. Por outro lado, a outra Previdência (INSS) tem uma necessidade R$ 42 bilhões para beneficiar 24 milhões de pessoas. Não responsabilizo os servidores. Para mim está muito claro que as vantagens atribuídas aos servidores no curso de suas carreiras, como as incorporações de vencimentos, acabaram gerando essa distorção. É essa despesa que o País não pode continuar a pagar. Por isso existe o projeto criando um fundo de pensão para os servidores. Hoje os servidores não têm teto de aposentadoria (no INSS é de R$ 3.689).

O projeto de criação do fundo já enfrenta resistências no Congresso.


Há uma oposição e ela é indevida. Dizem, por exemplo, que o Judiciário faria oposição. Para eles, não deveria ser criado apenas um fundo, mas vários fundos. No Supremo senti que há um desejo de examinar melhor esse projeto. Esse fundo vai alcançar os servidores daqui para a frente. A economia pode até não ser tão significativa, mas representa uma sinalização de que o governo está querendo dar uma solução para problemas como esse.

O sr. não teme que comece a haver uma pulverização de fundos, um para cada categoria de servidor público?


Acho que é inconveniente. Na minha concepção, seria o último recurso. Vão-se os anéis e ficam os dedos.

No caso do INSS, se tivesse que eleger um problema, qual seria atacado?


Precisa haver alguns ajustes. Mas eu não estou, há essa altura, muito seguro de que possamos ter essas modificações. Não sinto o governo mobilizado.

terça-feira, 28 de junho de 2011

"Antes de jogar no lixo as conquistas dos aposentados, faça algo por eles"


Escrito por Aurélio   
extraído do site Brasil Wiki
Não falo a todos com certeza, mas a quem o chapéu servir que use.

Essa geração está destruindo as conquistas que com certeza não são suas e sim dos senhores e senhoras hoje aposentados.

Essas pessoas lutaram pela democracia que hoje está sendo transformada numa anarquia, lutaram pelo direito de expressão que está sendo ameaçado com censuras a internet e outros órgãos de comunicação, a TV por exemplo que calou as vozes de Arnaldo Jabor, Boris Casoy entre outros.

Lutaram pelas ”diretas já”, para escolher seus representantes com seriedade e pelas propostas apresentadas pelos candidatos, que agora virou o voto do deboche, do Big Brhother e de qualquer um que tenha seus 15 segundos de “fama” seja o vira latas que for. Elegem bandidos, ladrões do dinheiro do povo, corruptos e toda espécie de canalhas.

Lutaram pela Assembleia Constituinte e conquistaram uma nova Constituição com mais direitos para o povo, Constituição essa que é rasgada e pisoteada todos os dias.

Esses senhores e senhoras lutaram, suaram, deram seu sangue e até suas vidas para construir um futuro melhor para eles e seus descendentes, e hoje amargam o abandono não só das autoridades, mas também do povo em geral. Eles hoje não têm mais força para lutar, sair as ruas e protestar, mal conseguem se alimentar com o valor de seus benefícios minguados e surrupiados de seu direito de contribuinte.

A sua volta voam os abutres banqueiros e seus empréstimos consignados iludindo-os e tirando-lhes tudo que podem, sugam até a última gota sem a menor compaixão, basta que saia um mísero e irrisório aumento e lá estão eles ligando e oferecendo seus “serviços”.

Você que tem consciência e reconhece no presente o que foi feito no passado reflita e apoie a causa dos aposentados, que só querem o que lhes é de direto e o que lhes é devido.

Aposentados do INSS podem receber metade do 13º em junho


Redação 24 Horas News
A Previdência Social pode passar a realizar o pagamento da antecipação do 13º benefício dos aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) nos meses de junho.
A medida, ainda em estudo, valeria a partir 2013.
Não há lei regulamentando a antecipação do 13º para esses segurados. Nos últimos anos, o INSS realizou esses pagamentos em agosto, em razão de um acordo feito com as centrais sindicais e associações de aposentados.
O acordo, porém, só teve vigência até o ano passado.
Em reunião na semana passada com entidades representativas de aposentados e de centrais sindicais, o Ministério da Previdência concordou em manter a antecipação para agosto deste ano. Para o ano que vem, a proposta é antecipar o pagamento para julho, e a partir de 2013, para junho.
A outra metade do 13º benefício continuaria sendo paga em dezembro. Como ocorreu nos últimos anos, os descontos de Imposto de Renda devem continuar incidindo sobre a segunda parcela.
Para a medida passar a valer e tornar-se permanente, ainda precisa ser analisada pelo Ministério da Fazenda.
Porém, como a medida já passou pela análise de técnicos do Ministério da Previdência Social -que participam de um grupo de trabalho criado em maio para avaliar a pauta de reivindicações de aposentados e pensionistas-, há boas chances de entrar em vigor.
DIFERENÇAS
A Previdência também informou que o ministro Garibaldi Alves negociará com o ministro Guido Mantega (Fazenda) a incorporação, em janeiro, da diferença de 0,06% entre o reajuste aplicado neste ano para as aposentadorias e a inflação oficial de 2011.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Palestra com professora Amanda Gurgel

A Central Sindical e Popular (CSP Conlutas) de Pernambuco organiza, nesta terça-feira (28), às 19h, uma palestra com a professora Amanda Gurgel. O evento é aberto à população e acontece no auditório da FAFIRE. 

Com destaque nacional, a professora potiguar tem percorrido o país, levando apoio e divulgando diversas mobilizações e greves, chamando os trabalhadores a defender 10% do PIB para educação. Amanda vem a Recife debater o Plano Nacional de Educação (PNE), projeto de lei 8035/10, e as lutas da classe trabalhadora. 

A professora, que é militante da CSP Conlutas, ficou conhecida após um discurso em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Os vídeos com seu depoimento já foram vistos por mais de 3 milhões de pessoas na internet e motivaram a professora a criar um blog (www.blogdaamanda.com.br).
 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Poema para professor

"O professor disserta sobre ponto difícil do programa.
Um aluno dorme,
Cansado das canseiras desta vida.
O professor vai sacudí-lo?
Vai repreendê-lo?
Não.
O professor baixa a voz,
Com medo de acordá-lo."
Carlos Drummond de Andrade