quarta-feira, 26 de março de 2014
Aposentado briga para não pagar previdência
Aposentados e pensionistas do serviço público que ganham acima do teto do INSS – R$ 4.390,24 – se mobilizam para colocar em votação no Congresso Nacional a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 555, que acaba com a contribuição previdenciária dos inativos. Desde 2003, com a vigência da Emenda Constitucional nº 21, os inativos do governo federal descontam 11%. Estados e municípios também instituíram a taxação. Em Pernambuco, o desconto é de 13,5% do valor do benefício que ultrapassa o teto. Caso a PEC seja aprovada, a União deixará de arrecadar R$ 2,5 bilhões por ano. Já o governo estadual perderá R$ 117 milhões.
A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip) estima que cerca de 200 mil aposentados e pensionistas do governo federal contribuem com Regime Próprio de Previdência (RGP). Em Pernambuco, a Secretaria Estadual de Administração (SAD) informa que cerca de 12 mil inativos descontam 13,5% à Fundação de Aposentadorias e Pensões de Pernambuco (Funape). O argumento dos sindicatos, contrário à taxação, faz sentido: os inativos do serviço público são taxados enquanto os aposentados do INSS que ganham acima do teto de R$ 4.390,24 não contribuem com o Regime Geral de Previdência (RGPS).
O vice-presidente da Anfip, Floriano Martins de Sá Neto, explica que a PEC 555 propõe diluir o impacto da perda de arrecadação do governo federal ao longo de cinco anos. Por exemplo: após sancionada a PEC, a alíquota de 11% será reduzida proporcionalmente a cada ano, até chegar a alíquota zero no quinto ano. “Na hora que o valor do benefício do aposentado e pensionista é recomposto, o governo ganha com a taxação do Imposto de Renda”, diz o auditor fiscal.
Vale salientar que a taxação dos inativos só atinge os servidores (União, estados e municípios) cujos salários são mais altos. Entre as carreiras afetadas estão os auditores fiscais. Em Pernambuco, o Sindicato do Grupo Ocupacional Administração Tributária do Estado de Pernambuco (Sindifisco) se mobiliza para colocar a PEC 555 em votação. “Em pouco tempo, a taxação vai atingir o universo maior de aposentados e pensionistas, que terão que contribuir com à Funape”, afirma o presidente do sindicato, Francelino Valença.
Está marcada para o próximo dia 3 de abril, na Assembleia Legislativa, uma audiência pública com os servidores públicos federais para debater a PEC 555 e definir as formas de mobilização no Congresso. A PEC está pronta para ser votada na Câmara e conta com 16 requerimentos pedindo a inclusão na pauta. O governo federal segura a votação porque significa perda de arrecadação. Se a taxação dos inativos for extinta, a medida será aplicada nos estados e municípios. A Secretaria de Administração do estado foi procurada, mas não se posicionou sobre o impacto nas contas da Funape.
A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip) estima que cerca de 200 mil aposentados e pensionistas do governo federal contribuem com Regime Próprio de Previdência (RGP). Em Pernambuco, a Secretaria Estadual de Administração (SAD) informa que cerca de 12 mil inativos descontam 13,5% à Fundação de Aposentadorias e Pensões de Pernambuco (Funape). O argumento dos sindicatos, contrário à taxação, faz sentido: os inativos do serviço público são taxados enquanto os aposentados do INSS que ganham acima do teto de R$ 4.390,24 não contribuem com o Regime Geral de Previdência (RGPS).
O vice-presidente da Anfip, Floriano Martins de Sá Neto, explica que a PEC 555 propõe diluir o impacto da perda de arrecadação do governo federal ao longo de cinco anos. Por exemplo: após sancionada a PEC, a alíquota de 11% será reduzida proporcionalmente a cada ano, até chegar a alíquota zero no quinto ano. “Na hora que o valor do benefício do aposentado e pensionista é recomposto, o governo ganha com a taxação do Imposto de Renda”, diz o auditor fiscal.
Vale salientar que a taxação dos inativos só atinge os servidores (União, estados e municípios) cujos salários são mais altos. Entre as carreiras afetadas estão os auditores fiscais. Em Pernambuco, o Sindicato do Grupo Ocupacional Administração Tributária do Estado de Pernambuco (Sindifisco) se mobiliza para colocar a PEC 555 em votação. “Em pouco tempo, a taxação vai atingir o universo maior de aposentados e pensionistas, que terão que contribuir com à Funape”, afirma o presidente do sindicato, Francelino Valença.
Está marcada para o próximo dia 3 de abril, na Assembleia Legislativa, uma audiência pública com os servidores públicos federais para debater a PEC 555 e definir as formas de mobilização no Congresso. A PEC está pronta para ser votada na Câmara e conta com 16 requerimentos pedindo a inclusão na pauta. O governo federal segura a votação porque significa perda de arrecadação. Se a taxação dos inativos for extinta, a medida será aplicada nos estados e municípios. A Secretaria de Administração do estado foi procurada, mas não se posicionou sobre o impacto nas contas da Funape.
Diario de Pernambuco
Reunião no Sindifisco organiza audiência do dia 03 de abril
Com o objetivo de planejar a
próxima ação da Frente Pernambucana pela aprovação da PEC 555, as entidades
responsáveis pela organização e planejamento do evento se reuniram nesta terça-feira
(25) na sede do Sindicato do Grupo Ocupacional Administração Tributária do
Estado de Pernambuco (SINDIFISCO).
Além da entidade que promoveu a
reunião estavam presentes representantes da ADUFEPE, da AMPPE, do SINDILEGIS PE,
do SIMPERE e do SINPEFE PE. A próxima ação organizada pela frente será uma
audiência pública, no dia 03 de abril, às 10h e desta vez na Assembleia
Legislativa de Pernambuco que contatará com a participação da auditora da receita
Federal Clemilce Carvalho.
segunda-feira, 24 de março de 2014
A EMBRIAGUÊS DO FREVO
Texto de Jarbas Souza
Estaria havendo alguma renovação no reinado de momo?
Vinha
observando com tristeza, a cada ano que se passava menos euforia e
efervescência nas pessoas que saíam às ruas com destino aos focos de animação
carnavalesca.
Este
ano me rejuvenesci no vai e vem das orquestras de frevo e os rufares dos
tambores dos blocos, no Recife Antigo, me reportei aos anos 50/60, quando na
minha juventude, vivenciei a euforia e a irreverência dos saudosos carnavais.
Naqueles
tempos, podiam-se ver duas semanas antes de Zé Pereira anunciar a abertura da
festa mais popular de nossa cidade, uma animação contagiante. Os bailes
carnavalescos nos principais clubes, as troças de rua, os caboclos de lanças,
os “papangus”, “a La ursa” e as peladas na pequena campina onde todos jogavam
bola vestidos com saias, por conta do carnaval.
A abertura do corso logo cedo pela manhã, cuja
brincadeira sobre os carros, sem os escapes com suas capotas arriadas ou
serradas, provocava um infernal barulho animando mais as brincadeiras com água,
talco, confetes, serpentinas e lança-perfumes.
Por volta das cinco horas da tarde a brincadeira com água
dava lugar aos carros com foliões fantasiados, bem como as alegorias que
percorriam as ruas numa animação que se perdeu no tempo, com a modernidade
globalizada, cuja insegurança e a falta de educação de alguns que extrapolaram
os limites, confundindo água com sujeira, detritos e outros, contribuíram para
a extinção desse tipo de manifestação, ate porque, o barulho dos carros foi ficando
inoportuno em razão das áreas consideradas de silencio, pois os sons
ultrapassavam os limites auditivos.
E lá, estava eu e toda rapaziada de quem guardo saudosas
lembranças, arruando, nas principais ruas de St. Antonio e Boa Vista, atrás das
agremiações, assim como no bairro dos Aflitos,onde morei por cerca de 20 anos, como
uma criança correndo em busca do imaginário.
Assim, foi a cada ano que se passava, assistia o renovar
das brincadeiras e das fantasias que as pessoas tinham o orgulho e a vaidade de
mostrarem, pois era um tempo em que, havia sim, uma violência aqui e ali, mas,
não tão desenfreada como mos tempos atuais. Era mais uma briga por causa de uma
seringada de lança-perfume inadequada e imprópria, e ai aqueles machistas não
suportando a irreverência carnavalesca, a essas alturas, com a cabeça cheia de
bebida e o porre de lança, esquentavam, indo as vias de fatos, que logo a turma
do “deixa disso” entrava para separar.
Podíamos ver foliões deitados nos finais dos bailes, com
o dia amanhecendo, uns a descansar e outros cuja embriagues do frevo, se
entregava a “Morpheus”. Assim era o carnaval, na metade do século 20, violência
quase zero comparada aos dias atuais, e se podia voltar para casa a pé ou de
ônibus, não havendo riscos, sobretudo, quando se estava acompanhado.
Nos clubes quando a orquestra começava a tocar – “Nelson
Ferreira Toca aquela introdução” – a moçada se esbaldava no salão, enquanto os
pais ficavam às mesas observando seus filhos, em particular suas filhas, pois a
vigilância era como se diz no futebol “marcação por homem”. A orquestra, quando
percebia alguma encrenca juvenil, rasgava aquele frevo de bloco ou um “Potpourri ou Pot-pourri” dos
hinos dos três clubes de futebol, sendo destaque do Sport quando se tratava da
Orquestra de Fernando Borges, a fim de abafar e acalmar os ânimos da juventude
pouco amadurecida.
A Rua Nova, Imperatriz, Imperador, Concórdia e outras,
são testemunhas dos milhares de foliões, que por lá se desdobraram no passo,
nas noites cujo glamour, ainda hoje, se pode ouvir o eco dos passos e o
cantarolar acompanhando as agremiações carnavalescas.
Com a restauração do Bairro do Recife, oportunizou-se o
resgate de uma das nossas culturas populares mais festejadas. Assim, a
sociedade pernambucana, pôde reviver os saudosos carnavais, agora tendo como
palco o marco zero, juntamente com todas as ruas adjacentes, em particular a
Rua do Bom Jesus, berço da 1ª sinagoga das Américas.
Arruando, expressão usada com muito sabor pelo médico e
historiador Rubem Franca, fui levado ao Recife
Antigo, num transportar no tempo, caí em um
espaço muito acolhedor, renovando as nossas tradições culturais, riquíssimas
pelas suas histórias de vida desde seu nascimento.
Mas,
sem conter a euforia do reinado de momo, senti na alma de bom pernambucano, a euforia
de muitos foliões em meio aquela multidão que ia e vinha, ao som da
musicalidade de nossas agremiações. No passado, bastava à orquestra ou outra
forma de ressoar as machas e frevos, para mexer com os nervos e músculos de
quem estivesse num raio de 100 metros. Lembro-me, como se fosse hoje, na Rua
Nova esquina com a Dantas Barreto, um folião com os cabelos tão grisalhos,
parecendo um capuchinho de algodão, fazendo um passo de fazer inveja a qualquer
dançarino do balé popular.
Gerada
a consciência de prioridade de nossas músicas carnavalescas, as agremiações empolgaram
toda aquela multidão presente - homens, mulheres,
jovens e idosos. Como se fossem todos os dias cantos do Galo, de madrugada a madrugada. O que é admirável, é que o pernambucano nunca perde sua identidade
carnavalesca. Com a renovação da musicalidade que ferva da cabeça aos pés, nossos ídolos da festa momesca, levaram ao
êxtase multidões, tornando nosso carnaval o melhor e maior do Brasil.
Na
verdade, para nós foliões recifenses: a apoteótica apresentação do Galo da Madrugada, que colocou no
Centro da Cidade Mauricéia, mais de um milhão de apaixonados pelo maior Clube de Máscaras do mundo - ainda bem: não podemos perder o pódio - os espetáculos que nossos artistas com Alceu Valença, Elba Ramalho, Claudionor
Germano, e outros, interpretaram as canções de nossos maiores compositores como
Capiba, Nelson Ferreira, Getúlio Cavalcanti, Luis Bandeira, Edgard Moraes e outros,
fazendo com que toda a área do Recife Antigo, se sacudisse ao som de sua
musicalidade. ESTAMOS, POIS, TODOS DE PARABÉNS POR CONTINUAR NO PÓDIO DO
CARNAVAL MAIS PARTICIPATIVO DO BRASIL, TENDO COMO MUSAS INSPIRADORAS OLINDA E
RECIFE.
quinta-feira, 13 de março de 2014
Reunião encaminha novas ações a favor da PEC 555
Frente agendou nova audiência na ALEPE para o dia 03 de abril
E preparou ofício solicitando audiência com governador do estado
A frente pernambucana pela aprovação da PEC 555/2006, que isenta servidores aposentados e pensionistas de contribuição previdenciária, se reuniu na manhã desta terça-feira (11), na sede do Sindicato dos Funcionários Integrantes do Grupo Ocupacional Administração Tributária do Estado de Pernambuco (Sindifisco) para avaliar as ações já realizadas e planejar novas. A reunião foi presidida pelo secretário geral do Sindifisco, Lamarck Claudino da Silva e além da ADUFEPE contou com a participação de mais 10 entidades representativas.
Depois da
audiência que chamou a atenção dos vereadores do Recife, uma próxima foi
agendada para o dia 03 de abril na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE).
As associações e sindicatos objetivam concentrar esforços em autoridades que
possam inserir a pauta no congresso. Uma das estratégias discutidas na reunião
teve início na ADUFEPE e consiste em realizar uma audiência com o governador do
estado de Pernambuco, Eduardo Campos. Para isso, a frente elaborou um ofício contendo
a assinatura de todas as representações presentes. Também haverá audiência na
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte no dia 28 de março.
Para os
representantes que se pronunciaram foi unânime a avaliação positiva da
audiência pública e da caminhada realizadas no dia 19 de fevereiro. Um dos
resultados destas ações foi uma moção a favor da PEC que já foi encaminhada a todos
os vereadores da casa.
Novas ações agendadas
- 28 de março audiência pública na Assembleia Legislativa do
RN em Natal – RN
- 03 de abril - audiência pública na ALEPE
Propostas aprovadas
- Grande evento em Brasília
- Café no Congresso
- elaboração de nota técnica sobre a PEC 555 / 2006
- Visita ao congresso nacional
- enviar ofício para presidenciáveis e senadores
pernambucanos
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