terça-feira, 7 de junho de 2011

Fatores relacionados à contribuições dos aposentados no Brasil

Fonte ANPAD
    Hoje em dia há uma crescente preocupação com relação à aposentadoria da população brasileira.  No regime financeiro de repartição simples adotado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), as contribuições arrecadadas são necessárias para o pagamento dos benefícios exigíveis no mesmo ano de arrecadação. Já faz alguns anos que se tem observado que esse regime não mais é eficiente para a manutenção da previdência social no país. Diversos fatores acarretaram a atual situação deficitária desse regime, tais como o aumento da expectativa de vida população, a redução das taxas de natalidade, bem como a má gestão dos recursos arrecadados.
            Dessa forma observa-se que uma parcela significativa da população, na expectativa de manter sua renda na aposentadoria próxima à média salarial de seu período laboral, precisa buscar uma maneira de complementar o benefício máximo concedido pelo INSS, que atualmente é de míseros R$ 3.416,54. as entidades de previdência complementar surgiram como uma alternativa para que os contribuintes possam resguardar uma parcela atual de sua renda, na expectativa de garantir um benefício futuro além do oferecido pela previdência social. Assim, o cidadão pode manter seu famigerado padrão de consumo , além de garantir saúde e lazer de qualidade na tão negligenciada terceira idade.
            No Brasil existem as Entidades Fechadas de Previdência Complementar ( EFPC), também conhecidas como Fundos de Pensão, que são entidades sem fins lucrativos criadas para o fim exclusivo de administrar planos de benefícios de natureza previdenciária. A criação dessas entidades está condicionada à motivação do patrocinador ou instituidor em oferecer esses planos de benefícios aos seus empregados ou associados. Em uma EFPC, as contribuições podem ser constituídas por uma parcela paga pelo funcionário e outra paga pela empresa patrocinadora, ou pode até mesmo ser de responsabilidade integral da patrocinadora.
            Mas quem não tem a possibilidade de participar de um fundo de pensão pode recorrer às Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC), que geralmente são administradas por bancos comerciais ou sociedades seguradoras autorizadas a operar planos de previdência privada. As EAPS oferecem diferentes planos de aposentadoria às pessoas físicas, sendo que, para alguns planos existe um incentivo fiscal. Tais planos representam um investimento que irá garantir um benefício futuro e, de certa forma, são mais seguros do que a tentativa de administração própria dos recursos pessoais, principalmente para as pessoas que não possuem conhecimentos específicos de finanças, o que - convenhamos – corresponde à maioria da população.
            Os benefícios da previdência complementar parecem ser vários se a gente considerar as propagandas veiculadas pelas empresas que oferecem o serviço. No entanto, ainda são incipientes pesquisas que investigam os reais benefícios financeiros das diferentes modalidades a longo prazo. Dada essa lacuna na literatura já apontada em ZSylva (2008), esse artigo busca analisar a percepção dos envolvidos em um fundo de pensão quanto aos potenciais benefícios a serem obtidos quando da aposentadoria. Para tal, esse artigo se estrutura em quatro seções além dessa introdução em que é contextualizada a pesquisa em pauta...  

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