Fonte Folha de Pe
A população idosa, gradativamente, é a que mais cresce no mundo. Somente no Brasil, existem cerca de 20 milhões de pessoas acima dos 60 anos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que, em 2021, esse número deve subir para 29 milhões. Assim, o que vem sendo feito em Pernambuco para que os idosos tenham seus direitos garantidos? O Governo do Estado tem planejado novas medidas? E a sociedade? Está mais consciente? Estes são alguns questionamentos que serão abordados, durante os próximos quatro domingos, a partir deste, na nova série da Folha de Pernambuco, “Os novos velhos”.
Sendo a faixa etária que mais cresce no contexto mundial, os idosos representam cerca de 10% da população brasileira, conforme dados do IBGE. A região Nordeste tem quase cinco milhões e meio de senhores e senhoras acima de 60 anos. Pernambuco comporta quase um milhão destes. O posto de município mais populoso do Estado, por sua vez, é assumido por Recife, que possui quase 182 mil cidadãos na terceira idade.
São números que fazem a sociedade questionar-se a respeito da situação em que esses “velhinhos” vivem. O Estado proporciona condições estáveis para uma vida tranquila? E no futuro, com o aumento do número de idosos, como será a nova realidade?
A situação atual não é um tanto quanto cômoda para a maioria dos idosos. Com a gama de crimes contra essas pessoas e a falta de respeito praticada constantemente, a esperança de uma estadia tranquila, após anos de trabalho, torna-se uma utopia. Entretanto, a partir de planos estruturais, o Estado promete um futuro digno a esse grupo etário.
Um dos avanços já perceptíveis é a criação da Delegacia de Polícia do Idoso (Depid), em Pernambuco, que foi inaugurada há quatro anos. O objetivo é dar uma maior atenção ao que vem ocorrendo com esta população mais “experiente” e registrar possíveis queixas que eles possuam. A ideia, conforme o titular do órgão, Eronildo de Farias, vem concretizando-se.
“Podemos considerar que este foi um dos principais marcos do planejamento do Estado. A partir do momento em que os idosos têm um espaço para reclamarem do que está acontecendo com eles, e depois veem que, realmente, a polícia busca solucionar os problemas, eles se sentem mais fortalecidos e encorajados a lutarem pelo que é deles”, atestou o gestor.
O número de queixas registradas na Depid também comprova a mudança no perfil dos “novos velhos”. Conforme dados do órgão policial, de janeiro a abril deste ano, 230 boletins de ocorrência (BO) foram registrados. No ano passado, durante o mesmo período, a quantidade de registros foi equivalente. “Isso não quer dizer que os crimes aumentaram ou que não diminuíram. Pelo contrário, eles sempre existiram. O que acontecia é que as vítimas não tinham coragem de se manifestar. Hoje, isso é diferente”, pontuou Eronildo.
“Acho que a principal meta do Governo do Estado e a melhor solução é mudar a estrutura da sociedade, para poder atender esses idosos da melhor maneira. Outra questão é conscientizar toda a população e, inclusive, os idosos, pois a iniciativa também deve partir deles. E vem partindo”, concluiu.
Por Renata Gorga
A população idosa, gradativamente, é a que mais cresce no mundo. Somente no Brasil, existem cerca de 20 milhões de pessoas acima dos 60 anos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que, em 2021, esse número deve subir para 29 milhões. Assim, o que vem sendo feito em Pernambuco para que os idosos tenham seus direitos garantidos? O Governo do Estado tem planejado novas medidas? E a sociedade? Está mais consciente? Estes são alguns questionamentos que serão abordados, durante os próximos quatro domingos, a partir deste, na nova série da Folha de Pernambuco, “Os novos velhos”.
Sendo a faixa etária que mais cresce no contexto mundial, os idosos representam cerca de 10% da população brasileira, conforme dados do IBGE. A região Nordeste tem quase cinco milhões e meio de senhores e senhoras acima de 60 anos. Pernambuco comporta quase um milhão destes. O posto de município mais populoso do Estado, por sua vez, é assumido por Recife, que possui quase 182 mil cidadãos na terceira idade.
São números que fazem a sociedade questionar-se a respeito da situação em que esses “velhinhos” vivem. O Estado proporciona condições estáveis para uma vida tranquila? E no futuro, com o aumento do número de idosos, como será a nova realidade?
A situação atual não é um tanto quanto cômoda para a maioria dos idosos. Com a gama de crimes contra essas pessoas e a falta de respeito praticada constantemente, a esperança de uma estadia tranquila, após anos de trabalho, torna-se uma utopia. Entretanto, a partir de planos estruturais, o Estado promete um futuro digno a esse grupo etário.
Um dos avanços já perceptíveis é a criação da Delegacia de Polícia do Idoso (Depid), em Pernambuco, que foi inaugurada há quatro anos. O objetivo é dar uma maior atenção ao que vem ocorrendo com esta população mais “experiente” e registrar possíveis queixas que eles possuam. A ideia, conforme o titular do órgão, Eronildo de Farias, vem concretizando-se.
“Podemos considerar que este foi um dos principais marcos do planejamento do Estado. A partir do momento em que os idosos têm um espaço para reclamarem do que está acontecendo com eles, e depois veem que, realmente, a polícia busca solucionar os problemas, eles se sentem mais fortalecidos e encorajados a lutarem pelo que é deles”, atestou o gestor.
O número de queixas registradas na Depid também comprova a mudança no perfil dos “novos velhos”. Conforme dados do órgão policial, de janeiro a abril deste ano, 230 boletins de ocorrência (BO) foram registrados. No ano passado, durante o mesmo período, a quantidade de registros foi equivalente. “Isso não quer dizer que os crimes aumentaram ou que não diminuíram. Pelo contrário, eles sempre existiram. O que acontecia é que as vítimas não tinham coragem de se manifestar. Hoje, isso é diferente”, pontuou Eronildo.
“Acho que a principal meta do Governo do Estado e a melhor solução é mudar a estrutura da sociedade, para poder atender esses idosos da melhor maneira. Outra questão é conscientizar toda a população e, inclusive, os idosos, pois a iniciativa também deve partir deles. E vem partindo”, concluiu.
Por Renata Gorga
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