segunda-feira, 4 de julho de 2011

12 erros de quem poupa para a aposentadoria

Fonte Revista Exame

Para consultor financeiro Gustavo Cerbasi, heranças econômica e cultural prejudicam os beneficiários de planos de previdência


São Paulo – Com a atual conjuntura econômica e as perspectivas para o futuro, os especialistas em previdência complementar no Brasil estão otimistas. O gargalo atualmente recai sobre a educação financeira. Muita gente ainda não entende a importância de poupar para a aposentadoria, ou então comete erros que reduzem a capacidade de acumulação para o futuro.
 
Quem dispõe de um fundo de pensão na empresa onde trabalha já tem uma grande oportunidade em mãos. Nessa modalidade de investimento, a empresa também contribui para a aposentadoria do funcionário, normalmente duplicando o valor poupado todo mês. Em recente evento da consultoria Mercer, o consultor financeiro Gustavo Cerbasi esmiuçou, numa palestra, diversos erros cometidos pelos beneficiários deste tipo de plano, muitos dos quais se aplicam aos poupadores em geral. Confira:
1) Calcular que a renda da aposentadoria será menor que a renda atual
Segundo Gustavo Cerbasi, muitos consultores financeiros dizem que, para poupar para a previdência, as pessoas devem almejar uma renda de pelo menos 65% a 70% da renda do ápice da carreira. Esse cálculo leva em conta o fato de que, nessa fase da vida, os gastos serão menores, pois os filhos já estarão crescidos e autossuficientes e a casa própria já estará quitada. Mas esses percentuais não são regra. O consumo com lazer, saúde ou com a própria família podem requerer uma renda ainda maior do que exigem no presente, e é preciso levar isso em conta no planejamento.
2) Excesso de conservadorismo até entre os mais jovens
O perfil do poupador brasileiro ainda é muito conservador. Segundo levantamento da Mercer realizado em 2009, mesmo entre os mais jovens – menores de 30 anos – apenas 33% optam pelo perfil mais agressivo do fundo de pensão oferecido por sua empresa (até 49% em renda variável). Essa proporção de um terço mais ou menos se mantém até a faixa etária mais alta. O ideal seria que os jovens preferissem o perfil mais agressivo e migrassem para o mais conservador conforme a aposentadoria se aproxima. “O típico contribuinte de planos ainda não vê a renda variável como construção, e sim como aposta”, diz o consultor.
3) Resgatar os recursos do fundo de pensão quando se desliga da empresa
Esse é um piores e mais frequentes erros. De acordo com o mesmo levantamento da Mercer, 95% dos beneficiários de fundos de pensão com idade entre 35 e 49 anos resgatam seus recursos quando se desligam da empresa patrocinadora. Isso prejudica muito o planejamento da aposentadoria e, atualmente, é injustificável. O beneficiário pode optar pela portabilidade para outro fundo de pensão ou para um fundo de previdência aberta, ou então continuar no mesmo fundo fechado, contribuindo apenas com a sua parte. Ao retirar o dinheiro cedo demais, a pessoa não consegue aproveitar o benefício tributário dos fundos de previdência, por meio do qual a alíquota de Imposto de Renda cai à medida que o tempo passa.

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