Somente em 2012, o IBGE deverá ajustar a tabela com as informações reais do Censo de expectativa de vida
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) trabalha para fechar as contas e divulgar, no início de dezembro, a nova estimativa de expectativa de vida dos brasileiros. Os dados são usados para formular os índices do fator previdenciário, utilizado no cálculo da aposentadoria. Segundo uma fonte do órgão, não serão usados os dados coletados no Censo de 2010. O IBGE deve usar o mesmo método dos anos anteriores, e o aumento da expectativa de vida deve ficar na média dos últimos anos.
Somente em 2012, o instituto deverá ajustar a tabela com as informações reais do Censo. A tendência é que no próximo ano ocorra um salto na expectativa de vida e, consequentemente, nos índices do fator previdenciário. “Só não sabemos se esse salto será para cima ou para baixo”, diz Newton Conde, especialista em cálculos previdenciários.
Somente em 2012, o instituto deverá ajustar a tabela com as informações reais do Censo. A tendência é que no próximo ano ocorra um salto na expectativa de vida e, consequentemente, nos índices do fator previdenciário. “Só não sabemos se esse salto será para cima ou para baixo”, diz Newton Conde, especialista em cálculos previdenciários.
Com base nas estimativas dos últimos anos, Conde fez um estudo sobre a nova expectativa de vida dos brasileiros.
Segundo ele, a partir de dezembro, um segurado com 50 anos de idade e 35 anos de contribuição, no caso dos homens, e 30 para as mulheres, pela tábua de 2009 (usada neste ano) teria o fator 0,602.
Segundo ele, a partir de dezembro, um segurado com 50 anos de idade e 35 anos de contribuição, no caso dos homens, e 30 para as mulheres, pela tábua de 2009 (usada neste ano) teria o fator 0,602.
Com a nova estimativa (tabela 2010), o fator cai para 0,598. Se a média de contribuições desse segurado for de R$ 1.000, o benefício, que era de R$ 602, passa para R$ 598. A diferença de R$ 4 representa perda de 0,66% na aposentadoria.
Em comparação com a tabela de 2006, um trabalhador no mesmo perfil (50 anos de idade e 35 de contribuição) tinha fator 0,610. Para uma média de contribuição de R$ 1.000, a aposentadoria era de R$ 610.
A partir de dezembro deste ano, o mesmo trabalhador terá fator 0,598, e a aposentadoria para a mesma média de contribuição será de R$ 598 - queda de 1,97%. Com a aplicação do fator previdenciário, que leva em conta a idade, o tempo de contribuição e a expectativa de vida, somente os trabalhadores com mais de 60 anos de idade conseguem o valor integral do benefício. As mulheres mais jovens, por exemplo, sofrem perdas de até 50%.
Em comparação com a tabela de 2006, um trabalhador no mesmo perfil (50 anos de idade e 35 de contribuição) tinha fator 0,610. Para uma média de contribuição de R$ 1.000, a aposentadoria era de R$ 610.
A partir de dezembro deste ano, o mesmo trabalhador terá fator 0,598, e a aposentadoria para a mesma média de contribuição será de R$ 598 - queda de 1,97%. Com a aplicação do fator previdenciário, que leva em conta a idade, o tempo de contribuição e a expectativa de vida, somente os trabalhadores com mais de 60 anos de idade conseguem o valor integral do benefício. As mulheres mais jovens, por exemplo, sofrem perdas de até 50%.
Para cada 45 dias a mais na expectativa de vida, o valor da aposentadoria cai 0,5%. Porém, a partir dos 65 anos de idade, e após completar o tempo mínimo de contribuição, o fator previdenciário passa a “jogar a favor” do segurado e o valor do benefício supera a média das contribuições.
Usando o mesmo exemplo da média de contribuições à Previdência de R$ 1.000, com a nova tabela do fator, o segurado consegue uma aposentadoria de R$ 1.220 se tiver 68 anos de idade e 35 de contribuição, no caso dos homens. Para as mulheres, a contribuição é sempre cinco anos a menos.
Hoje o brasileiro se aposenta com 54 anos, em média.
fonte : Diário de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário