segunda-feira, 2 de abril de 2012

A PASSAGEM PARA A LIBERTAÇÃO


Artigo do prof. Jarbas Souza



imagem da internet 




    A palavra páscoa que em hebraico significa “pessach” (“passagem”), que para os hebreus significava o fim da escravidão e o início da libertação do povo judeu da dominação faraônica, marcada pela travessia do Mar Vermelho, que se tinha aberto para que Moisés conduzisse os filhos de Israel à terra prometida. Ainda hoje esse fato histórico da fé cristã é comemorado de forma simbólica, com a mesma emoção pelos cristãos.

   Embora os hebreus tenham se libertado do julgo faraônico, e a história ao longo dos séculos tenha sido relembrada pelos quatro cantos do planeta, a humanidade ainda não se libertou da maior escravidão que se tem conhecimento. A escravidão da ausência de uma reta consciência de liberdade. O que realmente os homens precisam é liberta-se de si próprios, da vaidade, do orgulho, do ódio, da avareza, da vingança, da falta de solidariedade e tantos outros adjetivos que identificam a pequenez humana.

   Apesar de a humanidade reverenciar a ressurreição de Cristo como fonte de consciência religiosa, social e humanística, a conciliação entre os povos ainda não chegou nem perto dos ideais do cristianismo.
Os homens desde os primórdios de todas as civilizações têm tomado decisões contraditórias em razão da não compreensão do real sentido da vida e o verdadeiro significado da liberdade x escravidão.

   Muitas são as formas de escravidão, porém, nem sempre libertasse delas significa estar verdadeiramente livre.
Ainda somos escravos de nós mesmos, de nosso egocentrismo que nos leva a tomar atitudes discordantes, dos princípios norteados por Cristo em sua caminhada que entregou seu corpo para salvar a humanidade das trevas por falta de compreensão do verdadeiro sentido da vida nesta dimensão. Com sua morte e sua ressurreição, Jesus deixou bastante claro, que a morte é uma passagem para a vida propriamente dita.

   Cada um tem seu destino. Na filosofia de Nietzsche por Michel Aires de Souza, “Viver é saber qual é o nosso destino. O destino não pode ser imposto de fora, ele deve ser puro como o mais fino brilhante, ele vem de dentro de nossos corações, devemos identificá-lo. Quem reconheceu seu destino quer cumpri-lo. Quem deseja amar, que ame. Quem deseja a liberdade, que se liberte.”

   Assim posto, ao nascer, todos tem uma missão a desempenhar. Mas a principal missão é procurar libertar-se de si próprio, compreendendo o sentido da vida, de onde viemos, quem somos e para onde iremos, enquanto ente composto de corpo e alma.

   Nossas crenças, nos princípios religiosos e democráticos, tem nos feito acreditar que a cada ressurreição, a humanidade possa avançar na direção de um mundo melhor sem preconceitos ou qualquer forma de antagônica a reta razão do ser homem em busca da harmonia cósmica.

   Que nesta páscoa, mais uma passagem se abra para a compreensão de um mundo melhor com qualidade de vida dentro dos princípios do cristianismo. Que os homens de boa vontade consigam acender uma luz no caminho dos fariseus.
Que a paz esteja com todos nesta passagem para a verdadeira libertação.



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