Artigo do prof. Jarbas Souza
imagem da internet
A palavra
páscoa que em hebraico significa “pessach” (“passagem”), que para os hebreus
significava o fim da escravidão e o início da libertação do povo judeu da
dominação faraônica, marcada pela travessia do Mar Vermelho, que se tinha
aberto para que Moisés conduzisse os filhos de Israel à terra prometida. Ainda
hoje esse fato histórico da fé cristã é comemorado de forma simbólica, com a
mesma emoção pelos cristãos.
Embora os
hebreus tenham se libertado do julgo faraônico, e a história ao longo dos
séculos tenha sido relembrada pelos quatro cantos do planeta, a humanidade
ainda não se libertou da maior escravidão que se tem conhecimento. A escravidão
da ausência de uma reta consciência de liberdade. O que realmente os homens
precisam é liberta-se de si próprios, da vaidade, do orgulho, do ódio, da
avareza, da vingança, da falta de solidariedade e tantos outros adjetivos que identificam a pequenez humana.
Apesar de
a humanidade reverenciar a ressurreição de Cristo como fonte de consciência religiosa,
social e humanística, a conciliação entre os povos ainda não chegou nem perto
dos ideais do cristianismo.
Os homens
desde os primórdios de todas as civilizações têm tomado decisões contraditórias
em razão da não compreensão do real sentido da vida e o verdadeiro significado
da liberdade x escravidão.
Muitas são
as formas de escravidão, porém, nem sempre libertasse delas significa estar
verdadeiramente livre.
Ainda
somos escravos de nós mesmos, de nosso egocentrismo que nos leva a tomar
atitudes discordantes, dos princípios norteados por Cristo em sua caminhada que
entregou seu corpo para salvar a humanidade das trevas por falta de compreensão
do verdadeiro sentido da vida nesta dimensão. Com sua morte e sua ressurreição,
Jesus deixou bastante claro, que a morte é uma passagem para a vida
propriamente dita.
Cada um
tem seu destino. Na filosofia de Nietzsche por Michel Aires de Souza, “Viver é
saber qual é o nosso destino. O destino não pode ser imposto de fora, ele deve
ser puro como o mais fino brilhante, ele vem de dentro de nossos corações,
devemos identificá-lo. Quem reconheceu seu destino quer cumpri-lo. Quem deseja
amar, que ame. Quem deseja a liberdade, que se liberte.”
Assim posto, ao nascer, todos tem uma missão a
desempenhar. Mas a principal missão é procurar libertar-se de si próprio,
compreendendo o sentido da vida, de onde viemos, quem somos e para onde iremos,
enquanto ente composto de corpo e alma.
Nossas crenças, nos princípios religiosos e
democráticos, tem nos feito acreditar que a cada ressurreição, a humanidade
possa avançar na direção de um mundo melhor sem preconceitos ou qualquer forma
de antagônica a reta razão do ser homem em busca da harmonia cósmica.
Que nesta páscoa, mais uma passagem se abra para a
compreensão de um mundo melhor com qualidade de vida dentro dos princípios do
cristianismo. Que os homens de boa vontade consigam acender uma luz no caminho
dos fariseus.
Que a paz esteja com todos nesta passagem para a
verdadeira libertação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário