Prof. Jarbas Souza
GT de assuntos de aposentadoria da ADUFEPE
Estimados sindicalistas, mais que sindicalistas, colegas professores com os quais a cada dia aprendo a arte da representação sindical, a quem dedico meu servir como tal na defesa da nobre classe professoral.
Assim é que me é permitido chamá-los neste momento da minha temporalidade de sindicalista.
Não me parece muito fácil dizer o que sentimos, quando os sentimentos são tão puros que ao tomar forma senso-material, quase sempre perdem sua beleza intrínseca para dar lugar a concepções pré-formadas e convencionalmente preconizadas pelo homem socializado ou poluído pelas sofisticações da sociedade de bens de consumo.
Parece-nos que foi ontem, quando aqui chegamos para enfrentar o desafio de representar os docentes, com tamanha responsabilidade.
Por várias vezes tenho procurado me colocar diante de vocês de uma maneira que creio está convencido ser a melhor. Muito embora não tenha podido agradar, informar formando de modo mais sábio. Mas o faço agora, na forma não menos antiga de comunicação entre os homens de bem e de esperanças.
É necessário estar convencido de alguma coisa, pois se assim não for, a vida não tem nenhum sentido.
É fundamental, imprescindível crer em algo transcendental ao plano físico. São nossas crenças que nos mantêm de pé na luta por um mundo melhor, através do espírito que incorporado se revela nesta dimensão da reeducação.
Não é a forma material da natureza de qualquer ser que é essencial, pois ela simplesmente reflete a imagem daquilo que é. Ela é efêmera. Diante disto surgem as perguntas: para onde será que caminhamos? Será que lutamos pela vida ou para a vida?
As indagações são muitas e na realidade, poucas são as respostas que fundamentadas na lógica, objetivam a razão de nosso próprio ser.
Mas nem por isto deixaremos de existir.
Haverá sempre dor nos homens.
E não é por saber disto, que devemos perder a esperança e o ideal.
O homem em seu devir de historicidade, para tornar-se homem, deve apoiar-se na justiça na verdade e no amor.
E no centro deste triangulo eqüilátero, o seu “senso humanitário” na busca pela paz, compreensão e a felicidade entre os povos de todas as raças.
Nunca o mundo precisou tanto de nós e de nosso amor.
Nunca o próximo necessitou tanto de amor.
Nunca estivemos tão longe de nós mesmos e do reconhecimento de nossa importância para quebra os paradigmas da crise existencial dos valores morais e éticos.
Nunca necessitamos tanto de ser grandes.
E o verdadeiro segredo da grandeza está em: sempre avançar e nunca voltar atrás no amor. Amar intensamente todos os nossos irmãos com “humanidade”. Sofrer com seus fracassos, com suas angústias e necessidades. Amá-los por tudo quanto neles há de valor autêntico. Amá-los para que cada um se torne mais do que é.
Remonto na lembrança a memória de Antoine de Saint Exupéry “cativar é uma coisa muito esquecida: significa criar laços” vocês me cativam, e eu serei eternamente responsável por todos vocês. É nessa busca do cativar que construiremos nossa unidade na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.
Laços que jamais se partirão, mesmo que haja o hiato do ser físico, mas o registro da memória não sofrerá conseqüência da erosão do tempo.
Quero neste lembrar, e não poderia deixar de fazê-lo, pois a obra de nossa temporalidade é constitutiva do somatório das experiências do agora e sempre.
O agora, o que foi e o que será, assim, é o que estendemos o permanecer do homem no espaço e no tempo, realizando-se homem enquanto homem, ser em constante dinamismo de transformações socioculturais.
A interrogação acerca do homem é concomitante do próprio ser do homem, sob alteradas condições de existências. Novas respostas surgem, e se o homem enquanto homem se afundasse na mera existência, anular-se-ia a interrogação: de onde provimos? Qual o sentido? Qual a meta da nova vida?
Do individuo? Dos povos? Da humanidade? Em especial de nosso sindicalismo verdadeiramente representativos de nossa classe professoral. Quais as nossas possibilidades e os nossos limites? Quem somos verdadeiramente? Qual a nossa posição no mundo no espaço sindical? Qual a tarefa que desde sempre nos está destinada?
A reconhecível necessidade natural da nossa existência e o inapreensível poder da nossa liberdade, a historicidade da nossa existência sem a qual nada seriamos e a nossa superioridade em relação a historia com propensão para desfazer a historia do nosso ser humano.
O paradoxo da nossa condição sindical patenteia-se nas possíveis reações de nossas relações interpessoais menos destruidoras, que seguem no caminho para a liberdade de um sindicato independente sem amarras buscando o bom senso conjunto com todos quantos se manifestarem decididos em uma luta sem baixas, mas com conquistas reais pela qualidade de vida dos professores e da cidadania. A liberdade da corporeidade da transcendência converte-se na total ausência de interesses indignos a plenitude humana.
A liberdade na instabilidade das cifras converte-se no abismo do nada.
A liberdade do saber converte-se na prisão da superstição cientifica, aquilo que alguns alcançaram, traduzindo e transformados por outros, converte-se no contrário do que foi realizado e aprendido.
A libertação da corporeidade da transcendência converte-se na escravatura da indústria mecanizada.
A libertação política converte-se na escravidão externa e interna de imposições totais.
Não são de modo algum inevitáveis todas estas incongruências. Incumbe à liberdade do homem, dar testemunho de si pela força de domínio que exerce sobre as prisões que ele próprio engendrou.
A pergunta sem a qual o risco da liberdade não seria risco mantém-se: será o caminho do homem como uma chama que a si próprio se consome? Se assim é será o seu mais alto voo do cominho para o suicídio da existência da humanidade? No decurso do milênio durante o qual as experiências judaicas se inscreveram nas escrituras bíblicas veio a lume tudo quanto em relação polar com a filosofia e a poesia grega que desde então determinou os ocidentais.
O homem é fundamentalmente diferente, mais do que qualquer outro ser vivente, e mais do que tudo o que sabe de si quando se torna objeto de si próprio na antologia, na psicologia, na sociologia, na política e nas artes.
O homem enquanto homem não é um animal bem conformado dentro de sua espécie, com determinadas características e predeterminados trilhos vitais que se repetem idênticos através das gerações.
O futuro já não se antevê, como até hoje, em continuidade de vida e de condições semelhantes, mas, como possibilidades extraordinariamente limitadas pela ameaça da destruição total.
De que forma conviveremos com a história? O saber histórico do nosso tempo e a possibilidade de informações nos vastos círculos nunca foi tão extenso. Vemos historicamente a multiplicidade do mundo e do indivíduo, as evidências com que o homem tem julgado compreender-se.
A obra sindical é como a obra da educação e o ser do mestre. É como um apreender, escutar e atender, um receber e dar. A arte sindical é descobrir na realidade a forma ideal de fazer o governo e a sociedade entender a importância das instituições de educação na medida em que entende que ela foi e sempre será fator de desenvolvimento de um país e como tal fator de segurança nacional, para a consolidação da democracia e do bem estar do povo, se cada um for o que deve ser agora e sempre.
Minha função é coparticipar com todos vocês, nesse processo, em meu tempo de historicidade, na busca dessa compreensão de sensibilização e mobilização para alcançar a plenitude de nossos ideais sob a égide da justiça da verdade e do amor com mais respeito pelo nosso irmão.
Não só debatendo as questões intrinsecamente políticas, mas, transmitindo à sociedade de quem devemos tudo, a verdadeira importância do ensino nos três níveis do conhecimento, mostrando que é das universidades que saem as maiores pesquisas de benefícios sociais e, sobretudo da importância do professor nesse contexto. Um comunicar ao espírito das pessoas que são e operam com a sociedade, e dizer a realidade, do que é como é tal qual deve ser, ou seja, mostrar os bastidores da educação brasileira e a necessidade vital de acordar para enxergar o seu desmoronamento.
Caríssimos colegas, sigamos sempre em frente e nunca voltemos atrás no amor. Olhemos as experiências do passado e sintamos que o futuro depende de nós no agora.
Assim, pois, resta-me dizer que se vacilarmos por falta de estímulos e coragem para o enfrentamento na luta por um amanhã mais próximo de um “Shangrilá”, quem sabe poderemos num futuro não muito longínquo, sermos exumados para responder por nossas fraquezas e determinação em nossas atitudes na questão sindical verdadeiramente representativa em defesa dos reais interesses dos professores.
GT de assuntos de aposentadoria da ADUFEPE
Estimados sindicalistas, mais que sindicalistas, colegas professores com os quais a cada dia aprendo a arte da representação sindical, a quem dedico meu servir como tal na defesa da nobre classe professoral.
Assim é que me é permitido chamá-los neste momento da minha temporalidade de sindicalista.
Não me parece muito fácil dizer o que sentimos, quando os sentimentos são tão puros que ao tomar forma senso-material, quase sempre perdem sua beleza intrínseca para dar lugar a concepções pré-formadas e convencionalmente preconizadas pelo homem socializado ou poluído pelas sofisticações da sociedade de bens de consumo.
Parece-nos que foi ontem, quando aqui chegamos para enfrentar o desafio de representar os docentes, com tamanha responsabilidade.
Por várias vezes tenho procurado me colocar diante de vocês de uma maneira que creio está convencido ser a melhor. Muito embora não tenha podido agradar, informar formando de modo mais sábio. Mas o faço agora, na forma não menos antiga de comunicação entre os homens de bem e de esperanças.
É necessário estar convencido de alguma coisa, pois se assim não for, a vida não tem nenhum sentido.
É fundamental, imprescindível crer em algo transcendental ao plano físico. São nossas crenças que nos mantêm de pé na luta por um mundo melhor, através do espírito que incorporado se revela nesta dimensão da reeducação.
Não é a forma material da natureza de qualquer ser que é essencial, pois ela simplesmente reflete a imagem daquilo que é. Ela é efêmera. Diante disto surgem as perguntas: para onde será que caminhamos? Será que lutamos pela vida ou para a vida?
As indagações são muitas e na realidade, poucas são as respostas que fundamentadas na lógica, objetivam a razão de nosso próprio ser.
Mas nem por isto deixaremos de existir.
Haverá sempre dor nos homens.
E não é por saber disto, que devemos perder a esperança e o ideal.
O homem em seu devir de historicidade, para tornar-se homem, deve apoiar-se na justiça na verdade e no amor.
E no centro deste triangulo eqüilátero, o seu “senso humanitário” na busca pela paz, compreensão e a felicidade entre os povos de todas as raças.
Nunca o mundo precisou tanto de nós e de nosso amor.
Nunca o próximo necessitou tanto de amor.
Nunca estivemos tão longe de nós mesmos e do reconhecimento de nossa importância para quebra os paradigmas da crise existencial dos valores morais e éticos.
Nunca necessitamos tanto de ser grandes.
E o verdadeiro segredo da grandeza está em: sempre avançar e nunca voltar atrás no amor. Amar intensamente todos os nossos irmãos com “humanidade”. Sofrer com seus fracassos, com suas angústias e necessidades. Amá-los por tudo quanto neles há de valor autêntico. Amá-los para que cada um se torne mais do que é.
Remonto na lembrança a memória de Antoine de Saint Exupéry “cativar é uma coisa muito esquecida: significa criar laços” vocês me cativam, e eu serei eternamente responsável por todos vocês. É nessa busca do cativar que construiremos nossa unidade na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.
Laços que jamais se partirão, mesmo que haja o hiato do ser físico, mas o registro da memória não sofrerá conseqüência da erosão do tempo.
Quero neste lembrar, e não poderia deixar de fazê-lo, pois a obra de nossa temporalidade é constitutiva do somatório das experiências do agora e sempre.
O agora, o que foi e o que será, assim, é o que estendemos o permanecer do homem no espaço e no tempo, realizando-se homem enquanto homem, ser em constante dinamismo de transformações socioculturais.
A interrogação acerca do homem é concomitante do próprio ser do homem, sob alteradas condições de existências. Novas respostas surgem, e se o homem enquanto homem se afundasse na mera existência, anular-se-ia a interrogação: de onde provimos? Qual o sentido? Qual a meta da nova vida?
Do individuo? Dos povos? Da humanidade? Em especial de nosso sindicalismo verdadeiramente representativos de nossa classe professoral. Quais as nossas possibilidades e os nossos limites? Quem somos verdadeiramente? Qual a nossa posição no mundo no espaço sindical? Qual a tarefa que desde sempre nos está destinada?
A reconhecível necessidade natural da nossa existência e o inapreensível poder da nossa liberdade, a historicidade da nossa existência sem a qual nada seriamos e a nossa superioridade em relação a historia com propensão para desfazer a historia do nosso ser humano.
O paradoxo da nossa condição sindical patenteia-se nas possíveis reações de nossas relações interpessoais menos destruidoras, que seguem no caminho para a liberdade de um sindicato independente sem amarras buscando o bom senso conjunto com todos quantos se manifestarem decididos em uma luta sem baixas, mas com conquistas reais pela qualidade de vida dos professores e da cidadania. A liberdade da corporeidade da transcendência converte-se na total ausência de interesses indignos a plenitude humana.
A liberdade na instabilidade das cifras converte-se no abismo do nada.
A liberdade do saber converte-se na prisão da superstição cientifica, aquilo que alguns alcançaram, traduzindo e transformados por outros, converte-se no contrário do que foi realizado e aprendido.
A libertação da corporeidade da transcendência converte-se na escravatura da indústria mecanizada.
A libertação política converte-se na escravidão externa e interna de imposições totais.
Não são de modo algum inevitáveis todas estas incongruências. Incumbe à liberdade do homem, dar testemunho de si pela força de domínio que exerce sobre as prisões que ele próprio engendrou.
A pergunta sem a qual o risco da liberdade não seria risco mantém-se: será o caminho do homem como uma chama que a si próprio se consome? Se assim é será o seu mais alto voo do cominho para o suicídio da existência da humanidade? No decurso do milênio durante o qual as experiências judaicas se inscreveram nas escrituras bíblicas veio a lume tudo quanto em relação polar com a filosofia e a poesia grega que desde então determinou os ocidentais.
O homem é fundamentalmente diferente, mais do que qualquer outro ser vivente, e mais do que tudo o que sabe de si quando se torna objeto de si próprio na antologia, na psicologia, na sociologia, na política e nas artes.
O homem enquanto homem não é um animal bem conformado dentro de sua espécie, com determinadas características e predeterminados trilhos vitais que se repetem idênticos através das gerações.
O futuro já não se antevê, como até hoje, em continuidade de vida e de condições semelhantes, mas, como possibilidades extraordinariamente limitadas pela ameaça da destruição total.
De que forma conviveremos com a história? O saber histórico do nosso tempo e a possibilidade de informações nos vastos círculos nunca foi tão extenso. Vemos historicamente a multiplicidade do mundo e do indivíduo, as evidências com que o homem tem julgado compreender-se.
A obra sindical é como a obra da educação e o ser do mestre. É como um apreender, escutar e atender, um receber e dar. A arte sindical é descobrir na realidade a forma ideal de fazer o governo e a sociedade entender a importância das instituições de educação na medida em que entende que ela foi e sempre será fator de desenvolvimento de um país e como tal fator de segurança nacional, para a consolidação da democracia e do bem estar do povo, se cada um for o que deve ser agora e sempre.
Minha função é coparticipar com todos vocês, nesse processo, em meu tempo de historicidade, na busca dessa compreensão de sensibilização e mobilização para alcançar a plenitude de nossos ideais sob a égide da justiça da verdade e do amor com mais respeito pelo nosso irmão.
Não só debatendo as questões intrinsecamente políticas, mas, transmitindo à sociedade de quem devemos tudo, a verdadeira importância do ensino nos três níveis do conhecimento, mostrando que é das universidades que saem as maiores pesquisas de benefícios sociais e, sobretudo da importância do professor nesse contexto. Um comunicar ao espírito das pessoas que são e operam com a sociedade, e dizer a realidade, do que é como é tal qual deve ser, ou seja, mostrar os bastidores da educação brasileira e a necessidade vital de acordar para enxergar o seu desmoronamento.
Caríssimos colegas, sigamos sempre em frente e nunca voltemos atrás no amor. Olhemos as experiências do passado e sintamos que o futuro depende de nós no agora.
Assim, pois, resta-me dizer que se vacilarmos por falta de estímulos e coragem para o enfrentamento na luta por um amanhã mais próximo de um “Shangrilá”, quem sabe poderemos num futuro não muito longínquo, sermos exumados para responder por nossas fraquezas e determinação em nossas atitudes na questão sindical verdadeiramente representativa em defesa dos reais interesses dos professores.
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