sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O Sentimento de Um Idoso

texto de Jarbas Souza

Quando agente nasce, movidos pela conjugação de dois que resolvem criar espaço para abrigar um ser anunciado pela providencia cósmica, não fazemos ideia da complexidade que envolve todo esse mistério: nascimento, vida e morte.


Ao longo de anos, enfrentando diversidades, crescemos atingindo as fases do crescimento para chegar ao amadurecimento adulto, quando assim preparados, caminharmos na busca de nossas realizações do caminhar sustentável, com vista à finitude humana de homem enquanto homem entendendo o sentido da continuidade do ser e os mistérios da vida propriamente dita.


Quando criança e adolescente nunca nos apercebemos da real complexidade que envolve o ser, e como tal, muitas vezes, ultrapassamos os limites e ai, vem à intervenção dos pais, no sentido de não só resguardar e proteger a prole, mas, de orientar para a vida e suas adversidades.


Todo um aparato que vai da concepção, cheias de incertezas e certezas até não termos mais consciência e nos tornando incapazes para decisões. Essa têm sido as atitudes dos responsáveis por abrir espaço para a vinda dos seres a esta dimensão.

Neste ciclo, vital se pressupõe que, quem fora preparado para a continuidade da vida possa dar proteção àqueles que lhes dedicaram toda vida em prol desse crescimento humano, para o entendimento do verdadeiro sentindo da vida.


Essa pratica não tem sido bem trabalhada ao longo de toda nossa historicidade, isso porque a educação não tem contemplado princípios que norteiam a vida nesta dimensão a qual nada mais é a dimensão da reciclagem, com vistas à vida eterna.

Alexandre da Macedônia, homem de uma historia polêmica de vida, ao externar seus três desejos, demonstrou em seu leito de morte um sentimento verdadeiro que ao longo de toda historia da humanidade, os homens ainda não se deram conta da importância daquela afirmação.


Muitas são as lições de que se tem registro, mostraram a importância de refazermos nossas atitudes, e ainda não foi possível formar uma consciência cósmica de retidão na direção dos valores espirituais ao qual toda humanidade esta condicionada.

Se na esfera da família gravita todo aparato de responsabilidade e coparticipação de todos envolvidos para que não haja nenhuma dificuldade ou hiato no ciclo da vida, nas comunidades e no estado de direito, essa importância corresponsável torna-se mais relevante, pois, sendo o ser biologicamente temporal, cabe ao estado o dever de proteger seus concidadãos, sobretudo, aqueles que fazem a maquina funcionar, para que não venhamos presenciar no futuro cenas desoladoras.


Aqui, chamo atenção para a importância dessa consciência de retidão, pois, quando chegar à hora de prestarmos contas de nossas atitudes, para acessar a outra vida, certamente o visto de nosso passaporte será por tempo tão curto que não perceberemos se passamos para a outra dimensão, em face de uma volta tão rápida e em circunstância contraditória.

A Família Célula Mater de uma Sociedade no Estado de Direito, composta de entes queridos, se consolida na medida em que permanece unida fortalecida pelos valores morais e espirituais sob a égide do amor. O Estado de Direito se consolida na democracia, onde princípios regidos por uma constituição protegem o cidadão razão de ser do estado constituído, com equidade, qualidade de vida e justiça social.


Em ambas as esferas, o SER se dedica ate o fim doando-se de corpo e alma a essas instituições que foram constituídas pela fé, graça divina e coletiva. Assim, reforçamos a necessidade se rever conceitos e atitudes entre as famílias e os concidadãos brasileiros, com o propósito de resgatar os valores da reta razão de Ser Homem.

Ao ultrapassarmos parte de nossa caminhada nessa dimensão, somos surpreendidos de vez em quando, com as viagens desses ou daqueles, que certamente tendo cumprido sua missão, nos dar adeus e vai. Sabe Deus, o que cada um sente quando permanecendo na fila para o embarque, se pergunta quantos estão a sua frente. Muitos não se preocupam com esse embarque, mas, outros certamente sentirão muita tristeza por haver embarcado um ente querido ou um grande amigo dos caminhos da vida das tarde fagueiras e bucólicas.


Sentimentos que muitas vezes por não serem compreendidos como consequência natural da vida, levam alguns a depressões sem volta.

Diz o pensamento popular que recordar e reviver duas vezes. São muitas as recordações que todos relembram em seu caminhar, muitas delas riquíssimas, pois foram cobertas de paixões as quais alguns por não terem sido correspondidas foram recolher-se a seminários, mosteiros ou outra forma de conservar sua paixão para sempre.

As emoções que cada um sente e externa algumas delas trazem reflexões que perduram por longo tempo e outras certamente as levam para a eternidade. Emoções que a cada instante se repetem de formas diferentes causando feridas que nem sempre saradas, levam muitos a perecerem antes de uma possível existência padrão.

Muitas são as indagações que fazemos a nós mesmo, por quê? Eis o mistério da vida material terrena. Uma reflexão sobre nascimento, vida e morte, coloca a humanidade desde os tempos mais remotos, que ate hoje não foi possível a todos uma compreensão mais clara e objetiva dessa passagem por esta dimensão.
A propósito dessa elucubração, me vem um sentimento de profunda preocupação e incerteza nas atitudes de nossos políticos e gestores das instituições, que ao receberem procuração do povo para executar políticas visando à qualidade de vida da sociedade, se afundam na lama da corrupção, fragilizando-as.
Qualquer que seja a forma de se locupletar do erário publico, imaginamos que ao fazê-lo, os corruptos torna-se imortais, e se assim fosse, não haveria porque aprender a lição de Alexandre.

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