A crise da Europa e
não do Brasil
Os países da
área do “euro” estão em crise econômica. Os Estados Unidos da América, um país
poderoso e rico do mundo também está em crise financeira. A Inglaterra não faz
parte do sistema econômico do resto da Europa, mas está em recessão.
Tudo leva a
crer que o jornalista Ayrton Maciel, depois uma análise criteriosa dessa crise
econômica, conclui que o capitalismo está no fim. Talvez, o que viria, com o
término, seria o socialismo, penso eu.
Alguns países
do grupo do “euro”, ainda querem sustentar o sistema capitalista ajudam os seus
associados europeus, como a Grécia e outros, emprestando uma quantia monetária
considerável, a fim de debelar a crise econômica desses países, no entanto,
exigem regras econômicas rígidas, ocorrendo que o país em crise começa a
demitir funcionários públicos, as indústrias também demitem, aumentando os
impostos e outras restrições.
Querem debelar
a crise econômica com a fome e miséria da população, a qual se revolta e faz
oposição ao governo, passeatas, etc. Desta maneira jamais será alcançado o objetivo,
o qual é o saneamento econômico dos países em crise.
No inicio desta
crise econômica da Europa, temendo que suas consequências pudessem afetar o
Brasil, nosso presidente estimulou a população a consumir, aumentando assim o
bem estar do povo, e não contra o povo, como fizeram os parceiros europeus.
Neste caso o
nosso país não sofreu, praticamente, os efeitos da crise da Europa.
Eu sou
professor de medicina aposentado da UFPE, estou passando por uma crise
financeira braba, porque sua Excelência, a presidente Dilma, embora esteja
fazendo um ótimo governo em outras áreas deixou os professores de fora. Temos
que entender que os professores são os formadores das elites.
Em 1930, a
Coréia do Sul estava em pé de igualdade com o Brasil, no que concerne ao atraso
na educação. Aquele país não fez uma simples reforma na educação, mas uma
verdadeira revolução na educação, preparando os jovens para as universidades.
Hoje a Coréia do Sul está para ser integrada aos oito países mais ricos do
planeta. E o Brasil pouco ou quase nada tem feito na educação e o resultado é o
atraso em comparação a Coréia do Sul.
Ocorre que
durante a ditadura militar eu fui preso três vezes. O “camburão” só ia me
buscar de madrugada, portanto, passei pelos mesmos dissabores da presidente
Dilma, em nome dessas ocorrências fatídicas para ambos, peço a presidente Dilma
que aceite as nossas reivindicações, hoje já estou com noventa e três anos e
basta do sofrimento da era da Ditadura Militar.
Não entendo
como o padrão do salário do professor universitário apresenta uma
distância astronômica do que ganha um
juiz, o qual vai acima de R$ 20.000,00, o que acho bem merecido. No entanto o professor de
direito foi o mestre do futuro juiz nos mundos da lei, id est, se não houvesse
professor de direito, também não haveria juiz. Impõe-se uma consequente
reestruturação do salário do professor universitário.
Prof. Antônio Motta
Barbosa, 93 anos.
Sócio da ADUFEPE-SSIND
Professor Aposentado de
Patologia Geral da UFPE
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